BLUES
BLUES
Recebo sua imagem envolta em azul. Mergulho onde se escondem asas, virações, horizontes que me aguardam.O azul profundo da noite a tudo oculta sob sua pele bárbara: percebo o quanto ilumina, oscilando entre o que pulsa e emociona, entre o que nomeio divino e estilhaço,entre o que mostra e revela: a rosa em formação.
Original: o estranho jogo de sílabas embaralhadas para que tudo tenha sentido e precisão diante dos destroços. As palavras como testemunha.
Sua foto está lá, imutável, sem fissuras, corrosões, devastações, pressas, ervas daninhas, enquadrada para a eternidade, disciplinada pela beleza. Sol encarcerado. Rios de luz na imobilidade, semblante desfocado de anjo.
Na contraluz não se vê a aparição subterrânea do que há em mim: códigos intraduzíveis da fúria e o útero dos relâmpagos. A vida tem urgências...as noites queimam incontroláveis de amor.
O que temo? O desconhecido? A profundidade dos abismos e seus alicerces corroídos? Onde a arquitetura da paz?A administração do caos? É preciso que tudo doa menos,Tenho necessidades medievais diante do peso total de um céu desesperado. Minhas pequeninas coisas do coração: sonhos pisados, o amor que esperei e nunca veio...
Será que alguém ainda consegue me fazer algum mal depois de tudo que vivi? A circularidade do que é humano: o mecanismo da vida que leva a todos para tão longe e depois os traz para tão perto em sua sincronicidade perfeita. Por isso seu olhar é azul e meu silêncio, blues.
Recebo sua imagem envolta em azul. Mergulho onde se escondem asas, virações, horizontes que me aguardam.O azul profundo da noite a tudo oculta sob sua pele bárbara: percebo o quanto ilumina, oscilando entre o que pulsa e emociona, entre o que nomeio divino e estilhaço,entre o que mostra e revela: a rosa em formação.
Original: o estranho jogo de sílabas embaralhadas para que tudo tenha sentido e precisão diante dos destroços. As palavras como testemunha.
Sua foto está lá, imutável, sem fissuras, corrosões, devastações, pressas, ervas daninhas, enquadrada para a eternidade, disciplinada pela beleza. Sol encarcerado. Rios de luz na imobilidade, semblante desfocado de anjo.
Na contraluz não se vê a aparição subterrânea do que há em mim: códigos intraduzíveis da fúria e o útero dos relâmpagos. A vida tem urgências...as noites queimam incontroláveis de amor.
O que temo? O desconhecido? A profundidade dos abismos e seus alicerces corroídos? Onde a arquitetura da paz?A administração do caos? É preciso que tudo doa menos,Tenho necessidades medievais diante do peso total de um céu desesperado. Minhas pequeninas coisas do coração: sonhos pisados, o amor que esperei e nunca veio...
Será que alguém ainda consegue me fazer algum mal depois de tudo que vivi? A circularidade do que é humano: o mecanismo da vida que leva a todos para tão longe e depois os traz para tão perto em sua sincronicidade perfeita. Por isso seu olhar é azul e meu silêncio, blues.
Solange Sólon Borges
Emprestei este poema da amiga jornalista para dizer como me sinto hoje, ele traduz todo sentimento do meu coração que esta mergulhado em pesares e dor. Amo vocês meus anjos.....

1 Comentários:
Às 12 de junho de 2007 às 19:43 ,
Anônimo disse...
Olá, Laura, fiquei feliz ao encontrar meu poema aqui, repercutindo o que vai no seu coraçãozinho também... Muita luz, abraços literários de São Paulo.
Solange Sólon Borges
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