BLOG DA LAURA PAIS

terça-feira, 22 de maio de 2007

ÉTICA NA INTERNET/JORNALISMO ON-LINE

ÉTICA NA INTERNET/JORNALISMO ON-LINE


O artigo dois do Código de Ética dos jornalistas brasileiros diz que a divulgação da informação, precisa e correta é dever dos meios de comunicação pública, independente da natureza de sua propriedade.
Mas em se tratando de jornalismo, os fins não justificam os meios, o profissional da área de comunicação tem que ter ética para divulgar ou mesmo propiciar a outrem o uso indevido do poder da mídia.
O que vem acontecendo no Brasil e no mundo ultimamente é que, as empresas de comunicação estão se tornando cada vez mais capitalistas, e as notícias deixaram de ser de interesse do público, para se tornar moeda de troca para os que não respeitam as leis e as diferenças necessárias ao convívio numa sociedade democrática e pluralista.
Obter sucesso a qualquer preço, é um comportamento muito estimulado na moderna sociedade capitalista do mundo.
As pessoas não nascem boas nem ruins. A família, a sociedade e os meios de comunicação são responsáveis pela formação da personalidade dos indivíduos. É bem difícil falar em objetividade e imparcialidade ao dar uma notícia. Porque na maioria das vezes, a briga pôr audiência e pôr furos jornalísticos ficam acima da nossa ética pessoal e acabamos aceitando fazer nosso trabalho pela visão de nossos empregadores.
Quando falamos em internet então este fato é mais importante ainda. Porque existe uma grande diferença no termo “liberdade de expressão” e “expressar só aquilo que é de nosso interesse”, faltar com a verdade, plagiar, copiar, colar e repassar informações sem consistência dos dados e o que mais temos que debater e chegar-se a um consenso quanto à ética no jornalismo on-line.
Ao fazer uma cópia de um material da internet, deve-se no mínimo fazer um melhoramento no material, fazer citações sobre o autor, transformar a internet num meio seguro de informações. Plagiar nunca colaborou para fazer a internet melhor muito ao contrário, gera sempre informações degradadas e desatualizadas, tornando as mesmas redundantes.
Segundo, Bernardo Kucinski em seu livro “Jornalismo na era virtual”: ensaios sobre o colapso da razão ética, o fim da demarcação entre jornalismo e assessoria de imprensa; a fusão mercadológica entre notícia, entretenimento e consumo; a concentração da propriedade na indústria de comunicações; a crescente manipulação da informação por grupos de interesses e, principalmente, a mentalidade que celebra o individualismo e o sucesso pessoal seriam as causas imediatas da atual crise ética ou do “colapso da razão ética”. Esta crise ou colapso leva a uma prática profissional cada vez mais distante do ideal de compromisso do jornalista com o interesse público, referência hoje cinicamente chamada de “jornalismo romântico”.
Para kucinski, a universidade teria papel fundamental. E nela que se pode desenvolver no jovem o saber e o conhecimento. “É na escola, e apenas na escola que o aluno pode obter o aporte de conhecimento sobre teorias da ética e da moral necessárias para seu posicionamento específico no debate ético”. O jovem que emergir desse processo vai estabelecer com o mercado um conflito ético feito de confrontos com editores autoritários e proprietários de mentalidades oligárquicas.
Ele diz ainda, que o problema ético hoje não é de natureza moral, mas sim política. Que nossa luta por uma nova ética é também, e acima de tudo, uma luta política. E precisa estar balizada por interesses sociais concretos e desenvolver-se por meio de etapas e objetivos táticos e estratégicos bem definidos.
Neste consenso, espera-se do usuário da internet um mínimo de bom senso e ética e sempre que possível colaborar, tanto com publicações de interesse público, como de informações úteis à sociedade e dessa forma contribuir com um jornalismo, mas verdadeiro e com competência.

Laura Pais

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